Os Galo sπo trabalhadores e se metem no mundo por eles escolhidos com uma total dedicaτπo, convΘm recordß-lo para recordar um gΩnio da m·sica, um grande da criaτπo, metido nπo s≤ numa parte da sua tarefa, mas na criaτπo total; gozando αs vezes e sofrendo muitas mais, indo de um lugar para o outro, procurando tranqⁿilidade para compor, meios para subsistir e finanτas amigas que apoiassem os seus gigantescos projetos, sempre renovadores e sempre revolucionßrios. A sua vida coincidiu, em trabalho e aventura, com o sonho geral dos Galo, mas tambΘm teve que atravessar um momento de constantes mudanτas, lutas e guerras declaradas na Europa sobre a qual se ia movendo.
A m·sica de Wagner Θ tπo inquieta e lanτada como o sπo os Galo; Θ quase um constante desafio, uma tarefa imensa na qual se mete de cabeτa, passando de convenτ⌡es e academias. Wagner, como bom Galo, faz com que a sua m·sica evolua, que vß mudando e retorcendo-se sobre o pentagrama, fazendo algo novo e diferente. Enche-a de conte·do lφrico e p⌡e nela expressπo, sem que o gosto imperante da Θpoca ou as diferentes classificaτ⌡es e duraτ⌡es admitidas tenham nada que ver com a sua forma de compor e medir.
Os galo entusiasmam-se com o seu trabalho e o fazem em quantidades excessivas, quase por cima das suas possibilidades, α beira da sua capacidade. Richard Wagner Θ tπo exagerado com as suas forτas como o devem ser os Galo arquetφpicos e nunca se p⌡em um topo nem situam um limite na sua jornada. A grandeza da sua m·sica, a majestade do seu som, como um alarido formidßvel, transborda a sua pr≤pria personalidade, lhe precede na sua vida, como um heraldo de si pr≤prio.
GALOS C╔LEBRES
Serguei Rachmaninoff, Peter Ustinov, William Faulkner, Strindberg, Alban Berg, Joπo Carlos Onetti, D. H. Lawrence, Errol Flynn, Enrico Caruso, James Mason, Andre Maurois, George Telemann, Katharine Hepburn, Colette, Jean Paul Belmondo, Yves Montand...
